Na última quarta (28), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comunicou aos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), que a capacidade financeira do governo federal atingiu seu limite. Haddad alertou que, caso seja revogado o recente aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), o funcionamento da máquina pública poderá ser comprometido.
O ministro reforçou que a manutenção da elevação do IOF é essencial para manter o equilíbrio das contas públicas em 2025 e garantir recursos para os compromissos fiscais do ano seguinte, que será marcado por eleições nacionais. De acordo com Haddad, a retirada dessa fonte de arrecadação colocaria em risco a capacidade do governo de honrar suas despesas.
Parlamentares têm criticado a medida por ter sido adotada sem diálogo prévio com o Congresso. Em resposta, Haddad propôs a construção conjunta de soluções de médio e longo prazo para o orçamento público, incluindo a revisão de despesas e de benefícios fiscais.
Ficou acertado, durante o encontro, que o Congresso aguardará até a primeira quinzena de junho antes de tomar qualquer decisão sobre o tema, permitindo ao governo apresentar alternativas viáveis para a arrecadação de recursos. O ministro reafirmou que, no atual cenário, não há substituto imediato para a receita gerada pelo IOF, e que ações urgentes são necessárias para evitar desequilíbrio fiscal.